Sexta Super Rock EnRolou... shows extra pessoais, dramas,
ameaças e guitarrista demorando 35 minutos para afinação do instrumento
- caos total e rock alto até às 3 da manhã, todos destruídos pela
satisfação imediata dos desejos!
Fiz 47 anos na terça-feira, 24 de maio de 2011
Rock fedendo à gasolina e álcool destruiu a todos
por: Mário Pacheco
Desde que eu era garoto, o rock me servia de válvula de escape, você
caminhava muito para ouvir um som e fazer som era uma coisa que
poucos cogitavam pois sempre tocávamos nossos disquinhos.
Passaram-se 29 anos desde que eu lancei o primeiro zine no
quartinho da quitinete onde eu vivia com meus pais e minha irmã; sempre
vi o rock como excesso de vaidade de atitude um momento de revelação.
Aquela revelação do primeiro porre quando você passa o sábado seguinte
na cama de ressaca depois de vomitar boa parte dos seus órgãos vitais.
Ahhhh! Eu penso que faço rock’n’roll
Meu papel é produção, o chato que tenta acertar os
pormenores mesmo de maneira cega, o cara que se faz de velhaco e pensa
que conhece os esquemas dos músicos – esquemas sórdidos de nunca
trazerem seus instrumentos de chegarem por último e se postarem de
grandes estrelas querendo o palco de imediato.
Não tenho que dar satisfações se a água faltou se a luz faltou se
choveu, ou o gás acabou que a cozinha foi quase incendiada e que o
feijão colou no teto, que os amplificadores não chegaram na hora. Você
tem que lutar contra a ansiedade juvenil do heavy metal insistentemente
tocando suas guitarras à espera da bateria.
Rolaram ameaças de porrada...
Não dá para explicar o movimento apenas fazer parte. Nesta noite
iluminada de grande lua, um dos baluartes do rock candango o Ricardo
Retz apareceu, depois de percorrer várias quadras, o legal desse
trajeto foi que ele foi o último a ir embora rumando errantemente em
sua cadeira de rodas impulsionada pelo João Paulo.
Inevitavelmente houve conflitos de gerações, os mais novos não
aceitam desregramento, eles são os primeiros a levantar voz quando
alguma coisa comportamental rompe o limite e João Paulo extrapolou os
limites!
Explicando melhor...
No pacote de atrações veio um bêbado que insistentemente subia ao
palco para atrapalhar os artistas e no final da noite se estranhou com
os meninos do Curse of Flames ao tentar ganhar um pen drive...
Mas eu aprendi com mestre Afonso “Cascão” eles mesmos se resolvem...
Outra participação espontânea foi uma garota que distribuiu beijos e logo se transformou na Musa da beleza interior.
Inesquecível foi a mastodôntica gula do grande Bibi agora apelidado de “Fome Zero”!
Eu pisei na bola
É inadmissível no palco um guitarrista ficar afinando o instrumento
por longos 35 minutos! É inadmissível um intervalo de meia hora entre
uma banda e outra. Inevitavelmente alguém vai ser prejudicado e você, o
produtor de plantão vai ter que segurar a onda. É pressão dentro do
palco e fora dele, mas essa questão é rapidamente resolvida. Ela quase
chega ao extremo e antes que tudo exploda, uma voz mais equilibrada
diz: - vamos embora.
Eu pisei feio na bola ao escalar o guitarrista Wendel Rocha e boa
parte do Superfolk antes do mestre Zezinho Blues. Minha intenção era
proporcionar oportunidade a todos sem me dar conta da hora adiantada,
Zezinho Blues não aguentou esperar mais uma hora e se picou meio
indignado, ele havia chegado mais cedo...
A arte de perder amigosDurante estes anos de
longa estrada do rock’n’roll as amizades se desgastam, já perdi amigos
de longa data, agora mesmo ao convidar por telefone um amigo para este
último rock’n’roll ele me tratou mal: - o rock morreu!
É! O rock morreu um bom motivo para sepultar as amizades. Mas
existem amigos que não acreditam nisso destaco o Reginaldo que foi um
dos sustentáculos animando aos presentes com sua simpatia e dedicação
em agradar ao máximo.
As performances
Curse of Flames tocou mostrou que fez o dever de casa, estavam
ensaiadinhos e sentiram que precisam de uma melhor performance no
palco, e novos shows para aprenderem a compor a parede de guitarras que
é o fascínio deles para isso precisam trabalhar junto com o vocalista
que explora pouco os agudos
Dínamo Z agora é um quinteto que apresentou um formação bizarra com
três guitarristas e um novo desenho de contrabaixo. Surpreendentemente
se saiu muito bem no quesito quanto à comunicação com o público
desfilando um repertório de hits como se fossem conhecidos Hey Amor, Liberdade x Abrigo, Seu lugar, Estereoterapia, Nesse mar, Um disco bom, Eu ainda ouço Smiths, Mulheres do Plano e Rock no Aftosa.
Bruno Brasmith, o vocalista é um bom interlocutor com uma boa memória e um impecável repertório de hits dos anos 80!
Na primeira Jam tocaram vários guitarristas juntos. Sem a presença
de um contrabaixista, a bateria não sentia a lacuna e seguiram-se
vários hits dos anos 80, o público parecia não se importar.
Na guerra das estrelas houve duas dissidências e então Miro Ferraz
pode fechar o evento perto das 3 horas da manhã, espertamente Miro
Ferraz tocou músicas alheias que eu nem imaginava que fazia parte de
seu repertório de 200 músicas. Miro Ferraz fez uma rápida gran finale
apenas ele e a guitarra vermelha emprestada e um baterista que segurou
a onda.
O que você encontra no seu jardim na manhã seguinte
Isqueiros, maquininha de massagem, pacotinho de seda e um chaveiro com pen drive e três chaves
Módulo B & Do próprio bol$o 4 anos de parceria e seis eventos
O projeto do próprio bol$o de tocar seu barco em meio ao som não é
muito palatável, sempre há desconfiança de onde virá o dinheiro... Na
verdade é uma inusitada junção de forças e interesses.
Foi Célio de Moraes que me falou destes meninos que faziam rock na
Ceilândia e desde então a generosa produtora Módulo B tem feito a
alegria dos amantes do rock.
Robson Gomes é a cabeça pensante, ele transporta, monta e monitora a
aparelhagem. E ainda canta e toca guitarra e órgão Moog e Giannini no
Barbarella ou no Dínamo Z, e tem como escudeira e parceira musical sua
esposa, Adriana.
Robson Gomes, o motorista da Kombi branca é capaz de ficar em cima
da mesa de som durante quase toda as apresentações das bandas,
assegurando a qualidade vital do som.
É um amigo enigmático e às vezes falta-me atenção pra entendê-lo
melhor. O rock é capaz de formar parcerias duradouras e eu ainda não
sei como ajudá-lo nos seus sonhos de remontar o Barbarella e enfim
terminar o seu primeiro CD!
...tudo pronto para o rock...
do próprio bol$o & MÓDULO B apresentaram
do próprio bol$o & MÓDULO B apresentaram
Curse of Flames (Maldição das Chamas)
Dínamo Z
Wendel Rocha (Jam I)
Miro Ferraz (Jam II)
Dínamo Z
Wendel Rocha (Jam I)
Miro Ferraz (Jam II)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
21 horas
Colônia Agrícola Bernardo Sayão
21 horas
Colônia Agrícola Bernardo Sayão
texto:
MÁRIO PACHECO
Um comentário:
Às vezes eu mesmo fico chocado com a quantidade de frases perdidas num texto oco que cutuca o teu ovo
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