domingo, 29 de junho de 2008
SARAU PSICODÉLICO-1º DE MAIO DE 2008-BLUES PUB
segunda-feira, 23 de junho de 2008
PENSE RÁPIDO COM FELLIPE CDC
RUTHERFORD: A SAGA DO FOLK INDEPENDENTE NO DF!
Tocar em uma banda de rock parece tarefa fácil e prazerosa. A satisfação do artista é inegável, porém, as dificuldades são muitas; principalmente se um único artista for o mentor de toda a obra de uma banda independente. Estou falando de Elvis Rutherford, um guerreiro do folk candango que provou que a persistência vale a pena.
A banda, qu
e antes se chamava
JF Rutherford, teve uma consistente formação em 2005, quando fizeram várias apresentações que surpreenderam a cena local. Depois disso a banda se dispersou e passou por várias formações diferentes, até que o nosso guerreiro Elvis seguisse sozinho com sua inseparável espada, ou melhor, seu violão. 
Renato Rhugas, seu único companheiro remanescente, revezava sua participação entre a gaita e a percussão, dando a sustentação mais conveniente para Elvis e seu violão. Lembrando Elvis Costello, Elvis Rutherford chegou tocar em festivais punks e foi aplaudido como herói.
O vocal grave sussurra poesias ácidas e conta histórias bíblicas para traduzir nossas atuais aventuras. Quem teve uma importantíssima participação neste disco foi outro companheiro de sua antiga banda formada em 1998: Ricardo, vulgo Dr. Voice, fez belos arranjos tocando guitarra, baixo, teclado, sintetizadores e programações.
As mú
sicas do disco foram executadas em algumas rádios de Brasília, despertando o interesse de várias classes do rock. E foi desse interesse que surgiram seus novos e fabulosos com patriarcas. Com Tomé no baixo e Moisés no teclado, Elvis e Renato encontraram os centuriões que faltavam para continuarem sua luta. Quem teve oportunidade de assistir ao show da volta triunfante do Rutherford no Blues Pub em Taguatinga, pôde conferir as canções do disco em novas e magníficas versões tocadas pelos atuais instrumentistas.
E assim como Bob Dylan na década de 70, Elvis trocou o violão pela guitarra, mas não foi vaiado.
Sua guitarra veio como nova armadura, deixando as canções mais fortes e convincentes.
Quem viu o sh
ow, notou
as fortes influências de The Doors, Travis, Radiohead e Legião Urbana. As músicas novas, são dignas de um novo começo para a banda, com refrões que ficam martelando idéias na cabeça do público. Tocar em uma banda autoral é assim: resistindo às batalhas e sempre vencendo a guerra. Pois por mais que os fariseus ou as bandas covers dominem o mundo, o Rock’n’Roll sempre prevalece.CHUVA NO MEIO DO CAMINHO : UM CONTO ZEN-BUDISTA SOBRE E-MUSIC
CHUVA NO MEIO DO CAMINHO
10 anos de Festival Porão do Rock
por Gil Pedro
Nos dias 1º e 02 de junho de 2007 foi realizado em Brasília um dos maiores festivais de rock do Brasil, o Porão do Rock. Trazendo 26 atrações nacionais e internacionais; bandas de Brasília e outras vindas de Recife, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Portugal e até Estados Unidos.
Este ano em sua 10ª edição, diminuindo de três para dois dias por falta de patrocínio suficiente para realizar o evento como nos anos anteriores, ficando até melhor para o público, se tornando menos cansativo e mais barato, por começar geralmente às 18 horas e ir até depois das 4 da madrugada.
Esta edição teve mais bandas alternativas, não tendo muito espaço para aquelas de sucesso radiofônico como nas outras edições, as mais renomadas foram Sepultura (MG), Nação Zumbi (Pe), Inocentes (SP) e Garotos Podres (SP) – duas das bandas mais antigas de punk rock do Brasil -, Angra (SP), e Mudhoney (EUA), a que deu início e mais influenciou as bandas de Seattle nos anos 1990, mais conhecido como o "movimento grunge", sendo a única que não fez sucesso comercialmente, porém, respeitada pelas outras.
A banda que mais surpreendeu o público foi a americana The BellRays, com seu estilo soul/punk rock/blues, tendo à frente a maravilhosa cantora Lisa Kekaula, com seu black power lembrando a época da Motown.
Mesmo desconhecida do público brasileiro, fez algumas pessoas dançarem e outras ficarem boquiabertas com o profissionalismo e a técnica da banda. "Have a Little faith" tem tudo para ser considerada o primeiro sucesso no Brasil, já sendo executada na Rádio Cultura FM.
Outra banda que está dando o que falar no cenário nacional é a candanga Móveis Coloniais de Acajú, com seu ska/pop e sua trupe de 11 componentes no palco, dando um show de energia e carisma para o público presente. A pernambucana Nação Zumbi deu um show de rock e maracatu fazendo um som bem moderno, apesar de tocarem poucas músicas conhecidas, tocando mais canções do trabalho mais recente. Por ser um festival com pouco tempo de apresentação para cada atração, poderiam deixar para mostrar as músicas mais novas em um show só deles. Que o festival dure por muito mais tempo trazendo para nós de Brasília novidades vindo de toda parte do mundo, afinal, merecemos, por sermos de uma cidade carente de grandes shows.
Gil Pedro
fotos:
RICARDO LACERDA




