Aniversário do grupo maracandango agora
LUA DE LUANDA
08/10/2006
Cervejaria Kaixa d´água
Em um ano acontece muita coisa, histórias começam, terminam, se fortalecem, se transformam. Um ano marca um período novo de amadurecimento e consolidação das idéias e propostas do grupo. Além do surgimento de um novo nome e para comemorar nada melhor do que um evento que reúna os amigos numa grande festa. Decoração especial para a data, inspirada em motivos rústicos e regionais constroem o clima festivo e popular da noite.
O primeiro grupo a se apresentar foi o PROJETO COLETIVO que apresentou um trabalho cuidadoso de pesquisa e que conquistou a platéia com sua percussão suave que induzia ao transe e a cantiga entoada pelos integrantes que evocava as lavadeiras de beira de rio no interior do país. Personalidade no figurino em harmonia com a delicadeza e intensidade das canções.
Logo em seguidda o combo percussivo CABULÉTICOS ocupa a tenda com sua mistura de maracatu, ciranda e outros ritmos regiomais denominada de mangue com a vocalista gestante esbanjando energia.
O grupo seguite vem do Gama e atende pelo título de ENTIDADE CLANDESTINA e tem uma sonoridade diferenciada, unindo o concretismo de compositores como Arnaldo Antunes e Tom Zé com o pós-punk inglês de grupos como Joy Division e PIL e grupos nacionais como Mercenárias e Língua de Trapo, verve acentuada , intensa e performática, referências à vanguarda paulista/curitibana de Itamar Assunção e Jards Macalé com pitadas de regionalismo (baião e xote), harmonias minimalistas e acordes dissonantes embalam o arsenal lírico do grupo.
A seguir a incendiária performance de NARA FARIA, atrai a atenção dos presentes, usando parte do estacionamento com bastões em chamas e fogo nos movimentos – é a dança do ventre como manifestação do belo.
Logo após SEU ESTRELO E O FUA DO TERREIRO envolve o público com su percussão hipnótica e vocais coletivos que dispensam o uso do microfone, com tudo cantado no bom gargantês e colocando todu mundo pra dançar cavalo-marinho.
Encerrando a noite os aniversariante da noite celebram o ritual de mudança de nome e passam a se chamar LUA DE LUANDA, com sua já conhecida receita de maracatu de baque virado e cirandas que colocavam todo mundo pra dançar, apresentando músicas próprias e novas roupagens para clássicos da cultura popular. Estréia do belo estandarte com o logo do grupo e destaque para o figurino composto de estampas de chita em contraste com o branco que em movimento transformava o grupo em um louco jardim sonoro, frenético, sedutor e intenso ! A produção ficou a cargo da galera do MÓDULO B, que conduziu o evento com segurança e profissionalismo. Parabéns para o bar do Careca que sabe unir entretenimento e cultura como ninguém.
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