quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
BANDAS AUTORAIS X BANDAS COVERS
Brasília vive um bom momento artisticamente! Sim, mas bom para quem? Os que se destacam no atual cenário do rock candango são ótimas bandas fazendo covers dos mais variados estilos e tendências do rock. Bom para as casas noturnas da cidade, bom para os músicos que faturam um troco e bom para o público que quer ouvir de novo as músicas que conhecem tanto que não as escuta mais em casa. Está certo que é legal ouvir o som ao vivo daquela banda que você gosta, mas cadê o resto? É só isso que esses bons músicos têm a oferecer?
O problema desse duelo no DF não é propriamente das bandas covers, mas sim o excesso delas. Essa grande demanda de artistas covers deixa a cidade "sonsa" e sem produção. E a falta de produção não está ligada a falta de rock autoral, mas sim a ausência de espaço para os que fazem música autoral. Por esse motivo não se vê uma banda de Brasília com projeção nacional nos últimos anos. Bandas muito boas estão "nascendo e morrendo" nos estúdios sem ao menos tocar em um barzinho.
Para não dizer que "não há espaço nenhum para as bandas autorais", existem locais na cidade que até abrem espaço sim, mas há dois fatores que dificultam a divulgação: o primeiro é a velha "panelinha", onde estão principalmente aquelas do Plano Piloto e as que sempre participam dos grandes festivais da cidade como o Porão do Rock. O segundo se deve ao fato de alguns lugares até aceitarem a musica autoral, mas desde que toquem durante a semana, ou seja, quando tem pouco público. Cidades satélites como Ceilândia, Taguatinga, Gama, Riacho Fundo e Samambaia estão produzindo um rock bem original na medida do possível. Estão "tocando o terror", "mandando ver", mas não são vistas pelas pessoas. Se as vissem é certo que se interessariam bastante. As bandas das satélites possuem uma riqueza musical imensa e dos mais variados estilos, para agradar do punk ao blues, folk ao black metal e do jazz ao pop, sem falar do alternativo indie, gótico e grunge. Há lugares no Brasil que a música própria é valorizada, onde os artistas conseguem até viver dela e faturam um bom couvert ou fazem shows normalmente e são bem aceitos. Nas satélites do Distrito Federal, os festivais independentes produzidos pelas próprias bandas, sobrevivem ao marasmo.
No Plano Piloto, os excessos de bandas covers, fazem com que as bandas autorais da chamada "panelinha" percam a originalidade, pois quando se tem muita cópia não se tem muita inspiração. E sendo assim o que se destaca são bandas que fazem um quase cover, ou seja, fazem um som imitando descaradamente as mais badaladas bandas pops do momento.
Espero que as bandas covers ganhe somente um round e não a luta, para que surja uma nova safra de boas bandas de Brasília pro rock nacional. Reaja efervescência!
BRUNO BRASMITH
2007
domingo, 28 de agosto de 2016
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
BANDA RUTHERFORD: CEILÂNDIA INDEPENDENTE
Rutherford: nome punk que representa as influências
de três homens: J.F.Rutherford, Ernest Rutherford e Samuel Rutherford
misturando a realidade espiritual com a influências científicas e físicas
mostrando uma perspectiva diferente da expectativa humana no universo.
Tentando achar forças nas palavras
para exprimir a crise existencial e a esperança de reconciliação entre a
criatura e o criador temperado com benignidade e longaminidade
Trazendo não só as derrotas mais a conquista de vencer o sistema, não se
vendendo de forma alguma resumindo os poderes políticos e religiosos à
merda.Tatuando no peito um brasão cujo nome é yhwh vestindo a couraça da raiz
de Jessé, não numa forma hipócrita mais mostrando e se aperfeiçoado com os
erros cometidos hoje, ontem e amanhã, com uma pitada de romantismo protesto e atitude positiva, todas as músicas
foram criadas com a mais sincera espiritualidade.
As
principais influências são: radiohead, pink floyd, kraftwerk, new wave, the doors,
Allan Poe, o universo de Einstein, a Bíblia, etc.Também todas as músicas valorizam os sentidos, a vida, a dor e a
luta.Tudo começou na primavera de 2004, Elvis Rutherford frustrado com a perda
de duas bandas, por ter sido excomungado da igreja e rompido um relacionamento
que tinha se perdido em meio a rachações, propôs um projeto feito inicialmente
com um grupo de amigos de longa data que se constituía de Marcio Vilas-Boas no
baixo e guitarras, Renato Rhugas na batera e harmônicas, Elvis Rutherford violões e vocais e Ricardo Lacerda, que
entrou depois do primeiro ano com os teclados pick ups.
Rachações continuaram com atrasos e as faltas, mais não impediram o
progresso do projeto ao contrário das demais bandas já montadas. Investindo
somente em parcerias com os chegados, Elvis Rutherford assumiu a gravação do
primeiro disco independente sendo produzido por Elvis Rutherford e Dr. Voice
(Ricardo Lacerda) dando sua colaboração na película eletrônica que valoriza o
disco e criando uma atmosfera psicodélica. Agora os shows são feitos num estilo
folk eletrônico com a parceria de Dr. Voice que contagia o público com suas
batidas hipnóticas e a performance de Renato Rhugas nas harmônicas e percussões
e Márcio Villas-Boas que deve aparecer a qualquer momento.
Rutherford: a saga do folk independente no DF
Tocar em uma banda de rock parece tarefa fácil e prazerosa. A satisfação do artista é inegável, porém, as dificuldades são muitas; principalmente se um único artista for o mentor de toda a obra de uma banda independente. Estou falando de Elvis Rutherford, um guerreiro do folk candango que provou que a persistência vale a pena.
Tocar em uma banda de rock parece tarefa fácil e prazerosa. A satisfação do artista é inegável, porém, as dificuldades são muitas; principalmente se um único artista for o mentor de toda a obra de uma banda independente. Estou falando de Elvis Rutherford, um guerreiro do folk candango que provou que a persistência vale a pena.
A banda, que antes se
chamava JF Rutherford, teve uma consistente formação em 2005, quando fizeram
várias apresentações que surpreenderam a cena local. Depois disso a banda se
dispersou e passou por várias formações diferentes, até que o nosso guerreiro
Elvis seguisse sozinho com sua inseparável espada, ou melhor, seu violão.
Elvis, sempre em busca da trupe perfeita, chegou a fazer apresentações sozinho,
não deixando que o nome Rutherford fosse esquecido. Renato Rhugas, seu único
companheiro remanescente, revezava sua participação entre a gaita e a
percussão, dando a sustentação mais conveniente para Elvis e seu violão.
Lembrando Elvis Costello, Elvis Rutherford chegou tocar em festivais punks
e foi aplaudido como herói.
Com formação indefinida, o Rutherford gravou no início do ano passado a sua primeira demo produzida pela cooperativa de bandas autorais MÓDULO B. Um disco que mistura o folk e o pós-punk temperado com o lirismo gótico. O vocal grave sussurra poesias ácidas e conta histórias bíblicas para traduzir nossas atuais aventuras. Quem teve uma importantíssima participação neste disco foi outro companheiro de sua antiga banda formada em 1998: Ricardo, vulgo Dr Voice, fez belos arranjos tocando guitarra, baixo, teclado, sintetizadores e programações.
As músicas do disco foram executadas em algumas rádios de Brasília, despertando o interesse de várias classes do rock. E foi desse interesse que surgiram seus novos e fabulosos com patriarcas. Com Tomé no baixo e Moisés no teclado, Elvis e Renato encontraram os centuriões que faltavam para continuarem sua luta.
Quem teve oportunidade de assistir ao show da volta triunfante do Rutherford no Blues Pub em Taguatinga, pôde conferir as canções do disco em novas e magníficas versões tocadas pelos atuais instrumentistas. E assim como Bob Dylan na década de 70, Elvis trocou o violão pela guitarra, mas não foi vaiado. Sua guitarra veio como nova armadura, deixando as canções mais fortes e convincentes. Quem viu o show, notou as fortes influências de The Doors, Travis, Radiohead e Legião Urbana. As músicas novas, são dignas de um novo começo para a banda, com refrões que ficam martelando idéias na cabeça do público.
Tocar em uma banda autoral é assim: resistindo às batalhas e sempre vencendo a guerra. Pois por mais que os fariseus ou as bandas covers dominem o mundo, o Rock’n’Roll sempre prevalece.
Com formação indefinida, o Rutherford gravou no início do ano passado a sua primeira demo produzida pela cooperativa de bandas autorais MÓDULO B. Um disco que mistura o folk e o pós-punk temperado com o lirismo gótico. O vocal grave sussurra poesias ácidas e conta histórias bíblicas para traduzir nossas atuais aventuras. Quem teve uma importantíssima participação neste disco foi outro companheiro de sua antiga banda formada em 1998: Ricardo, vulgo Dr Voice, fez belos arranjos tocando guitarra, baixo, teclado, sintetizadores e programações.
As músicas do disco foram executadas em algumas rádios de Brasília, despertando o interesse de várias classes do rock. E foi desse interesse que surgiram seus novos e fabulosos com patriarcas. Com Tomé no baixo e Moisés no teclado, Elvis e Renato encontraram os centuriões que faltavam para continuarem sua luta.
Quem teve oportunidade de assistir ao show da volta triunfante do Rutherford no Blues Pub em Taguatinga, pôde conferir as canções do disco em novas e magníficas versões tocadas pelos atuais instrumentistas. E assim como Bob Dylan na década de 70, Elvis trocou o violão pela guitarra, mas não foi vaiado. Sua guitarra veio como nova armadura, deixando as canções mais fortes e convincentes. Quem viu o show, notou as fortes influências de The Doors, Travis, Radiohead e Legião Urbana. As músicas novas, são dignas de um novo começo para a banda, com refrões que ficam martelando idéias na cabeça do público.
Tocar em uma banda autoral é assim: resistindo às batalhas e sempre vencendo a guerra. Pois por mais que os fariseus ou as bandas covers dominem o mundo, o Rock’n’Roll sempre prevalece.
Por
Bruno Brasmith
Locomotivo
Vou levando a vida como louco me
Arranhando e me estrepando todo
Rompendo as barreiras do meu cérebro
Despertando as asas do intelecto
Se meu amor agora não me quer
Ficarei só se Jah quiser
Como locomotiva vou agir
Atropelando quem quis me destruir
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