quinta-feira, 30 de junho de 2016
quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
sexta-feira, 24 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Representação de Brasília na Crônica Jornalística de Clarice Lispector
Representação de Brasília na Crônica Jornalística de Clarice Lispector
Carla Abe Vicente
Dra Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira
RESUMO
A pesquisa busca refletir acerca da representação da cidade de Brasília na crônica de
Clarice Lispector. Ao iniciar uma reflexão sobre a imagem e a representação da cidade,
impõem-se logo duas questões, uma de natureza histórica, outra de natureza teórica, que
servirão para balizar este trabalho.O estudo será baseado nas teorias da representação. A
cidade de Brasília é tida no imaginário coletivo como artificial, apesar de uma cidade bela é
na maioria das vezes analisada de forma negativa como se fosse um “vazio” o seu
cotidiano. Por meio da escrita de Clarice Lispector, buscar-se-á a construção da cidade
textual e o registro do cotidiano pela escrita, utilizando a crônica publicada no jornal
Correio Brasiliense.
PALAVRAS-CHAVE: cidade, representação, crônica
1. INTRODUÇÃO
O objetivo da pesquisa é identificar como Clarice Lispector represente a cidade de
Brasília, que cria necessidades ao homem como forma de adaptação (responsabilidades).
Apesar de ser uma cidade bela, Brasília, é na maioria das vezes, analisada de forma
negativa como se fosse um “vazio” o seu cotidiano. Clarice Lispector cria uma visão crítica
do progresso por meio de seu estilo misterioso de escrever, que instiga e faz com que ela
continue a ocupar um lugar único, marcando gerações de leitores e novos escritores.
A pesquisa é bibliográfica e feita por meio de consulta a fontes especializadas como
periódicos, livros e sites. A teoria utilizada é a AD francesa, além de estudos que envolvem
representação.
2. A REPRESENTAÇÃO DE CIDADE
Mais do que um fragmento, o texto não-verbal, prolongando sua relação metonímica
com o objeto, passa a ser referência dele.
1
Acadêmica do primeiro no de Jornalismo da Universidade do Centro- Oeste
2
Professora da Universidade do Centro- Oeste na disciplina de Análise do Discurso
Desse modo, os textos não verbais não se impões à observação, mas estão
incorporados à realidade e, por assim dizer, incógnitos. O não- verbal não é exclusivamente
visual ou sonoro, mas é, sobretudo, plurissígno.
Conforme, Lucrecia Ferrara D’Alésio, o texto não-verbal espalha-se em escala
macro pela cidade e incorpora as decorrências de todas as suas microlinguagens: a
paisagem, a urbanização, a arquitetura, o desenho industrial ambiental, a comunicação
visual, a publicidade, a sinalização viária- incluindo, aí, o verbal à moda, o impacto dos
veículos de comunicação de massa nos seus prolongamentos urbanos e ambientais, o rádio,
o jornal, a televisão.
A cidade, enquanto texto não-verbal, é uma fonte informacional rica em estímulos
criados por uma forma industrial de vida e de percepção.
Na cidade, o texto verbal liberta-se da sucessão gráfica dos caracteres e adiciona-se
aos índices dispersos em quilômetros de ruas, avenidas, edifícios, multidões em locomoção,
ruídos, luzes, cor, volume.
Enquanto texto não-verbal, a cidade deixa de ser vista como espaço abstrato das
especulações projetivas, sociológicas ou econômicas para ser apreendida como espetáculo,
como imagem. Nesse sentido, a apreensão da cidade como texto não-verbal não só a
preenche, como lhe garante um trânsito informacional com seus usuários.
A contextualização é responsável pelo uso dos lugares urbanos, capaz de informar
mais rapidamente sobre constituintes espaciais não previstos em projetos de urbanização e,
no entanto, capazes de produzir e/ ou alterar a imagem de uma rua, avenida ou praça. É esse
uso que qualifica nossa memória urbana e sedimenta a vida de uma cidade. Alimenta uma
tradição ao mesmo tempo que estimula a dinâmica de sua mudança.
A cidade como texto para Willi Bolle(1984), é como se fosse a figura astrológica
que define sua identidade. Nas metrópoles atuais, perpetua-se essa função da escrita: sua
tecnologia mais avançada, sua utilização profissional mais ampla é ligada às atividades de
controle comercial e burocrático, por parte das empresas particulares e do Estado.
Como pode o cidadão moderno organizar a sua experiência do mundo, dentro de
uma realidade cotidiana, organizada no sentido do aviltamento sensorial-emotivo e da
destruição da memória afetiva? As crônicas de Clarice Lispector são uma tentativa de
preservar, por meio do registro escrito, a memória da cidade, antes que possa ser destruída.
Recuperar o passado significa: construir o sentido e o presente. Para um indivíduo
cuja cultura sofre ameaça de destruição, uma arma de resistência é a memória afetiva; dela
depende a sobrevivência da identidade. Walter Benjamim explora a memória- “que não é
instrumento para se investigar o passada, mas o palco dessa investigação.”
A cidade, na qual os homens se exigem uns aos outros sem trégua, em
que compromissos e telefonemas, reuniões e visitas, flertes e lutas não
concedem ao indivíduo nenhum momento de contemplação- a cidade se
vinga na memória, e o véu latente que ela teceu da nossa vida mostra não
tanto as imagens das pessoas, mas sobretudo os lugares, os palcos onde
nos encontramos com os outros ou conosco. (Walter Benjamin-1982)
De acordo com José Pastore, as cidades exigem, atualmente, cuidadosas
intervenções no sentido de se moldar o meio físico para satisfazer às novas necessidades,
dentro dos limites econômicos do sistema em questão(Brasília). Por isso, Brasília é uma
iniciativa bastante avançada. E conseqüentemente, dificulta sua avaliação imediata, no
sentido que são poucos os agrupamentos humanos que importam-se em planejar o tipo de
ambiente em que gostariam de viver, trabalhar e se divertir.
Portanto, planejar a melhoria das condições sócio-culturais de um povo, é o papel
social. Assim, Brasília visa à integração dos vários “Brasis” em uma sociedade de massas
de caráter nacional. E isso gera o problema do impacto da nova capital sobre o
comportamento de seus habitantes pioneiros. O centro das atenções deve-se voltar ao
balanço entre expectativas e realizações ou antecipação de realizações, os quais estão
diretamente ligados a enxergar um modo favorável em relação a diversos pontos de
referência. Entretanto, a diferença ocorre entre moradores dos setores mais desenvolvidos
de Brasília e dos habitantes das cidades satélites mais pobres.
Estes importam-se mais com as condições de trabalho e a estabilidade econômica,
enquanto que para aqueles, parece ser mais importante as realizações não materiais.
É de valorizar que “os brasilienses ainda se orgulham de ser pioneiros e estar a
serviço de um importante plano nacional, que é a colonização do Oeste e a instalação de um
novo estilo de civilização no Planalto Central.” Mas a visão muda quando vemos as tantas
privações de um migrante que gostaria de ter em Brasília alguns traços tradicionais das
cidades brasileiras.
2.1. Clarice Lispector e Brasília
Nascida ucraniana, a escritora Clarice Lispector veio com menos de dois anos de
idade para o Brasil, morando sucessivamente em Maceió, em Recife e no Rio de Janeiro.
Considerando-se brasileira e nordestina, lutou por sua cidadania brasileira com
sensibilidade e bravura, o que pode ser verificado nas brilhantes cartas que enviou ao
presidente Getúlio Vargas para solicitar sua naturalização.
A escritora sensível, de personalidade cativante e misteriosa criou um
estilo tão pessoal, uma obra tão densa, que se notabilizou pela
introspecção psicológica na elaboração de alguns dos mais pungentes
retratos femininos da nossa literatura. (João Sayad- 2007)
Trinta anos depois de sua morte ela ainda revela uma autora capaz de iluminar,
intrigar, comover e surpreender o leitor “com o perdão da palavra, sou um mistério para
mim”, reconheceu um dia Clarice. Seus livros oferecem um mergulho no indivíduo- o ser
particular, diferente de todos os outros, perdido na massa informe que chamamos
sociedade. Um olhar arguto e sem condescendência, mas carregado de afeto sobre nossas
mazelas, contradições, medos e gestos de amor e grandeza. Em um mundo marcado pela
crise de instituições e sistemas de pensamento, a obra de Clarice é cada vez mais relevante.
Clarice é sinônimo de outros modos de sentir por isso é necessário lê- la.
Prova desta sua atualidade é o fato de que seus livros, contos e crônicas
continuam a ser estudados em escolas e universidades e recriados por
cineastas e diretores de teatro. Mesmo assim, Clarice ainda é conhecida
como uma autora “difícil, para poucos. Sem dúvida, muita d suas obras
propõem ao leitor um desafio.Os que o aceitam são premiados com
beleza, inteligência e com prazer de desbravar um território
desconhecido. (Ferreira Gullar e Julia Peregrino- 2007)
Sempre tive um profundo senso de aventura, e a palavra profundo esta ai
querendo dizer inerente. Este senso de ventura é o que me dá o que tenho
de aproximação mais isenta e real em relação a viver e, de cambulhada, a
escrever. (escreveu Clarice em uma crônica)
E é em 1977 que descobre que sofre de “câncer de ovário em estágio avançado. Em
9 de Dezembro,Clarice morre, no Rio. Mas ainda podemos esclarecer alguns de seus
mistérios e também criar outros.
A história de Brasília surge com as primeiras idéias de uma capital brasileira no
centro do país. O Marquês de Pombal, em 1716, sugeriu pela primeira vez a necessidade de
interiorizar a capital do país. Em 1821, José Bonifácio de Andrada e Silva, estadista
brasileiro, retoma o assunto da interiorização da capital, sugerindo o nome Brasília.A
primeira Constituição da República de 1891, estabeleceu legalmente a região onde deveria
ser instalada a futura capital, mas somente em 1956, com a eleição de Juscelino
Kubitschek, teve início a construção de Brasília.Em 21 de abril de 1960, após mil dias de
construção, o Presidente Juscelino Kubitschek inaugura a nova Capital, construída no
No dia 2 de outubro de 1956, em campo aberto, o presidente Kubitschek assinou o
primeiro ato no local da futura capital, lançou então a seguinte proclamação:
Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em
cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos sobre o amanhã do
meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança
sem limites no seu grande destino. (Juscelino Kubistschek- 1956)
No mesmo ano iniciaram-se os trabalhos de construção. Formou-se o Núcleo
Bandeirante, onde se permitia maior liberdade à iniciativa particular e foi batizado com o
nome de "Cidade Livre". Especialmente do Nordeste, Minas Gerais e Goiás, principiaram
chegar levas de trabalhadores. Os primeiros candangos.
3. Análise da Crônica
Por Clarice Lispector ser considerada sinônimo de outro modos de sentir tentarei na
análise da crônica desvendar ao máximo a sua crítica ao progresso de Brasília.
“Brasília é artificial... Brasília ainda não tem o homem de Brasília” (Clarice
Lispector-1970), a partir desse enunciado ela começa a revelar suas primeiras experiências
em sua Crônica, que de acordo com Mikhail Bakhtin, a palavra é mediadora entre o social e
o individual.
“Brasília é uma cidade abstrata. E não há como concretizá- la. É uma
cidade redonda e sem esquinas. Também não tem botequim para a gente
tomar um cafezinho.”(LISPECTOR, ano 1982, p. 71)
Para Cláudia Lukianchuki (http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/claudia2.html), a
consciência individual é, portanto, um fato social e ideológico. Dito de outra maneira, a
realidade de consciência é a linguagem e sã os fatores sociais que determinam o conteúdo
da consciência- do conjunto de discursos que atravessam o indivíduo ao longo de sua vida.
Isso demonstra que Clarice estava relembrando das cidades tradicionais que viveu no
Brasil.
Vim para casa, é verdade, mas é que minha cozinheira faz
literatura? Eu lhe perguntei cadê a coca-cola na geladeira. Ela me
respondeu, nega bonita que é: ela estava tão cansadinha, então eu
botei ela para descansar, coitadinha. Uma vez, há séculos, contei a
Paulo Mendes Campos uma frase que minha empregada de então
tinha me dito. E ele escreveu qualquer coisa: cada um tem a
empregada que merece: Minha empregada tem voz linda e canta
para mim quando eu peço: “Ninguém me ama”. Ela desenha, faz
literatura. Tão humilde que fico. Pois não mereço
tanto.”.(LISPECTOR, 1982, p. 82)
Seguindo Lucília Maria Souza e Leda Verdiani Tfouni
(http://www.achegas.net/numero/dois/lucilia_e_leda.htm), a memória discursiva é
constitutiva o sentido, segue-se que há sempre várias vozes, historicamente já constituídas,
que voltam à tona, ressignificando os enunciados produzidos num dado momento histórico.
Assim existe uma amarração do discurso do sujeito com o discurso do outro.
No trecho a seguir se seguirmos o que expôs Freud poderemos percebe que trata-se
do inconsciente de Clarice, porque não se manifestou de acordo com sua vontade.
Adoro Brasília. É contraditório? Mas o que é que não é contraditório? Só
se anda de carro elas ruas despovoadas. Quando eu tinha carro e dirigia,
vivia me perdendo. Nunca sabia onde vir e aonde chegar. Sou
desorientada na ida, na arte, no tempo e no espaço. Que coisa, por Deus.”
.(LISPECTOR, 1982 , p. 71)
Mas logo depois entende que Brasília é tempo integral, que lá não se vive, se mora.
E assim acaba vindo a saudade da embebida praça de Vendôme na Bahia, da praça Maciel
Pinheiro em Recife e principalmente sente falta do cachorro, isso porque pessoas em
Brasília são frias, intimidade não existe. Até que uma hora acho um nome para o cachorro
(Ulisses) e percebe que em Brasília você precisa ser o seu próprio cachorro com uma forma
de ironia.
Ninguém sabe, mas meu cachorro não só fuma como bebe café e come
flor. E bebe cerveja. Toma também remédio contra depressão. Parece um
mulatinho. O que ele quer é cadela. Ele é de classe média. Eu não deixei
o jornal saber tudo. Ma agora é a hora da verdade. Também você tenha
de ler. É um cachorro que só lhe falta escrever. Come caneta e estraçalha
papel. Melhor que eu. Ele é filho animal.Nasceu de instantâneo contato
da Lua com uma égua. Égua do Sol. Ele é uma coisa que Brasília não é.
Ele é: bicho. Eu sou bicho. Tenho tanta vontade de me repetir, só ara
chatear.” .(LISPECTOR, 1982, p.82 )
“Brasília é um olho azul cintilanterríssmo que me arde no coração”.(LISPECTOR,
1982, p.80)
Nesse trecho o que pode salientar é o uso da cor azul que demonstra tristeza, ou seja
insatisfação.
Eu estava sozinha no mundo. Havia um táxi parado. Sem chofer. Ai que
medo.- Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, dois homens solitários- Olho
Brasília como olho Roma: Brasília começou com uma simplificação final
de ruínas. A era ainda não cresceu. (LISPECTOR, 1982, p.67 )
Como enunciou Foucault (1995), trata-se de um interdiscurso caracterizado pelo
entrelaçamento de diferentes discursos, oriundos de diferentes momentos históricos e de
diferentes lugares sociais. Essa impregnação também pode ser analisada quando cita
Chopin na crônica , o qual esta se referindo o quanto faz falta uma ópera, assim como um
Jardim Botânico e um Jardim Zoológico, porque não é só de gente que vive o homem.
“Brasília é um futuro que aconteceu no passado. Em Brasília nunca é de noite ...ela
é doida, porém funciona...farmácia noite-e-dia”. E em meio a isso segredo, sussurros,
cochichos e chichos, pode ser reflexo dos “50 anos em 5”. Assim nota-se que consoante
com Foucault (1995) todo discurso é marcado por enunciados que o antecedem e o
sucedem, integrantes de outros discursos.”Brasília é hiperbólica” essa afirmação sofreu
reflexo de uma impregnação ideológica de onde Clarice morou (cidades tradicionais o
Brasil), ou seja, para ela não é comum ir ao dentista toda segunda-feira , acordar 5 horas da
manhã para ir na academia. Hábitos adaptados para a vida em Brasília, a qual é comparada
a uma corrida de cavalos, mas que não enquadra-se com Clarice.
Portanto,trabalho em Brasília é sina e isso fica ironizado quando na crônica ela pede
para o Jornal incluir astrologia. Tudo é ironizado na sua crônica de uma forma misteriosa,
até quando fala que Brasília parece-se com uma quadra de tênis, que horóscopo é fulgente.
Consegue fazer um efeito mostrando a artificialidade que impera quando argumenta que em
Brasília dá vontade de ficar bonita e logo depois coloca que o ar é tão seco que a pele do
rosto fica seca, as mãos ásperas. Mas mesmo assim cita o whisky e a coca-cola, isso para
mostrar que o poder da propaganda (“vazio”, assim como o artificial) está em modos os
lugares como forma de status ou qualquer outro elemento que signifique para a pessoa
usuária, de acordo com a análise do discurso esse não é um discurso da própria pessoa.
Apesar disso aparece uma parte: “Verde é a cor da esperança”. Clarice Lispector
soube se proteger e perceber que Brasília não vai acabar.
3.CONCLUSÃO
Trinta nos depois de sua morte escolhi estudar a crônica de Clarice Lispector pela
sua colaboração nos Jornais que trabalhou e acabei sendo premiada com muita inteligência
por meio de seu território desconhecido. Para poucos atores vale tanto a conhecida frase de
Fernando Pessoa, “Minha pátria minha língua”, quanto para Clarice Lispector que deu uma
contribuição notável. Brasília é “doida” porém funciona. Por isso não tem culpa de ser
dessa maneira e assim nunca desaparecerá, só se modificará. Clarice construiu a verdadeira
Brasília com confissões que delineiam seu próprio retrato.
As produções de Clarice Lispector não deixam de se referir à realidade concreta. É
admirável sua consciência técnica, adequando forma e conteúdo. Por exemplo, dissocia as
unidades narrativas para mostrar a falta de ligações mais profundas na sociedade.
Organizada a narrativa em ritmo lento, para contrastar com o movimento da vida nas
grandes cidades. Filtra todos os fatos através de uma consciência que se isola do conjunto -
eis aí a solidão do homem moderno.
Conclui-se que todo fato concreto se faz presente nas suas obras para proporcionar a
volta do indivíduo para o dentro, para a justificação de suas inquietudes. Por isso, Clarice
Lispector é acima de tudo originalidade.
4. REFERÊNCIAS
PASTORE, José. Brasília: a cidade o homem São Paulo Nacional,1969.161p
BOLLE, Willi. Fisionomia da metrópole moderna Folhetim, 9 de dezembro e 1984
FERRARA D’ALÉSIO, Lucrecia. Leitura sem palavras, série princípios, Editora Ática
FERNANDES ALVES, Claudemar Analise do discurso: Reflexões Introdutórias,
Editora claraluz
LISECTOR, Clarice . Para não esquecer (1978)
Sites:
pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda
http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/claudia2.html
http://www.achegas.net/numero/dois/lucilia_e_leda.htm
domingo, 19 de junho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
quinta-feira, 16 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Banda Babarella B de Ceilândia, tocou fazendo sua parte no 21º aniversário do Riacho Fundo II
VÍDEO POR MARCUS FABIUS
https://www.youtube.com/user/agenciamarcus
domingo, 12 de junho de 2016
quinta-feira, 9 de junho de 2016
quarta-feira, 8 de junho de 2016
RADAR SATÉLITE 4 IMPRESSO (QUASE SAIU!)
Resistência
Cultural
Artistas de Taguatinga e de outras satélites se unem em prol da abertura do trabalho independente. Dentre adversidades e falta de incentivo estatal, a cena cultural de Taguatinga persiste, abrindo espaço para os artistas da cena alternativa da cidade. São muitos projetos e muitos artistas envolvidos, dentre eles, músicos, atores, fotógrafos, grafiteiros, poetas e pessoas interessadas no resgate e solidez da cultura local.
Hoje a referência no que diz respeito à cultura da cidade é a Praça da CNF, onde encontramos figuras marcantes. Um dos locais que pode ser considerado o berço da cena é o Bar do Careca, que recebe com freqüência bandas e artistas variados. Por lá encontramos, Robson Gomes, integrante da banda Barbarela. O músico faz parte do projeto Módulo B, uma cooperativa de bandas que busca divulgar e promover não apenas os artistas da cidade, e sim integrar o movimento cultural do DF. O projeto promove eventos e ainda possui um zine chamado Radar Satélite.
A Praça conta ainda com uma galeria chamada Olho de Águia, cujo proprietário é o repórter fotográfico Ivaldo Cavalcante, que trabalhou sete anos no jornal Correio Braziliense e hoje e fotografo do Caderno Brasilia do Jornal Hoje Em Dia(Sucursal Brasilia), a galeria expõe seus trabalhos fotográficos e conta com o Bar Faixa de Gaza, "o espaço é voltado à cena cultural alternativa daqui", explica Ivaldo. Fotografo a mais de 30 anos, Ivaldo não só registrou os momentos da história da cidade, como também fez parte de sua efervescência cultural nos anos 80, que tinha geralmente como palco o extinto Teatro Rola Pedra e o Teatro da Praça.
"O único incentivo por parte do governo, no caso a Administração de Taguatinga, é a permissão de locais para a realização dos eventos", afirma Robson da banda Barbarela. O músico pretende inscrever o projeto Módulo B no Fundo de Arte e Cultura (FAC), para assim obter recursos e um apoio sólido. Porém depois da troca de governo, ainda não houve inscrições para o projeto.
No ultimo domingo, 30 de setembro, foi realizado na Praça da CNF o Taguatinga tem Conserto, atividade cultural que reuniu dj's, grafiteiros e bandas do Distrito Federal, realizado pela parceria entre o projeto Módulo B, o Bar do Careca e Gérson de Veras que se auto-denomina "terrorista cultural" e promove esse tipo de evento nas satélites.
Mesmo com toda mobilização por parte dos artistas o público ainda não é o esperado e geralmente é formado por um grupo pequeno, porém assíduo. Um dos prováveis motivos é a pouca divulgação, que fica pro conta do "boca a boca" ou por meio de panfletos, que muitas vezes não saem do circuito interno da cidade. Apesar dos obstáculos e da falta de recursos, Taguatinga é e continua sendo um pólo de cultura do Distrito Federal.
Por Keyane Gomes e Dayse Emily
No
Pense Rápido! do Radar, Fellipe José Salles de Sant'anna, o Felipe C.D.C,
mostrou que além de ter um nome cheio de "nove horas" tem também jogo
de cintura. Lenda viva do underground candango, Felipe C.D.C (Death Slam e
Terror Revolucionário), nem suou a camisa pra responder as perguntinhas do
nosso Pense Rápido! Confira:
Radar: Qual o primeiro disco que você comprou com seu próprio suor?
Felipe: Minha mãe tinha um bar, aí um dia ela vacilou e eu peguei uma graninha escondido e comprei o Back in Black do AC/DC. Foi uma grana muito suada!
Radar: Com quantos anos você decidiu não cortar o cabelo?
Felipe: Desde pequenininho eu decidi que não queria mais ver tezoura.
Radar: Qual o seu programa preferido da TV aberta? Não vale os Simpsons.
Felipe: C.Q.C, da TV Bandeirantes.
Radar: Por qual banda você rasparia o cabelo pra ver um show?
Felipe: Nenhuma.
Radar: Qual disco você mais escuta atualmente?
Felipe: Olha, tô voltando às minhas origens e escutando muito AC/DC.
Radar: Qual o disco que você tem, mas que ninguém imagina encontrar na sua prateleira?
Felipe: Falcão, Ermeto Pascoal e uns do Roberto Carlos da época de Jovem Guarda.
Radar: Quais filmes você indica pra gente ver?
Felipe: A Cidade de Deus, Estômago, O Cheiro do Ralo, Tropa de Elite, Carandirú, Germinal...puta que pariu, tem um monte!
Radar: Você acredita em Deus?
Felipe: Pelo lado religioso não, mas pelo lado espiritual sim. Acredito em Deus, mas não acredito em Igreja.
Radar: Na sua opinião, qual a melhor e a pior banda do pop-rock nacional dos anos 80?
Felipe: A melhor é o IRA! e a pior é com certeza, os Engenheiros do Hawaii.
Radar: Pra você, qual a maior banda de todos os tempos?
Felipe: Black Sabbath, sem dúvida.
Radar: O que te deixa mais puto?
Felipe: A galera ir pro show e ficar do lado de fora bebendo e gastando o que poderia ser a grana do ingresso para apreciar o evento. Na verdade as pessoas gastam bem mais do lado de fora do que dentro.
Radar: Alguma vez você esqueceu seu guarda-chuva em casa e foi surpreendido por um "Pé d'água?
Felipe: Sim! Várias vezes. Principalmente nessas épocas que não tem nem sinal de chuva, aí derrepente cai um temporal! Isso também me deixa muito puto!
Reportagem: Bruno Brasmith.
Radar: Qual o primeiro disco que você comprou com seu próprio suor?
Felipe: Minha mãe tinha um bar, aí um dia ela vacilou e eu peguei uma graninha escondido e comprei o Back in Black do AC/DC. Foi uma grana muito suada!
Radar: Com quantos anos você decidiu não cortar o cabelo?
Felipe: Desde pequenininho eu decidi que não queria mais ver tezoura.
Radar: Qual o seu programa preferido da TV aberta? Não vale os Simpsons.
Felipe: C.Q.C, da TV Bandeirantes.
Radar: Por qual banda você rasparia o cabelo pra ver um show?
Felipe: Nenhuma.
Radar: Qual disco você mais escuta atualmente?
Felipe: Olha, tô voltando às minhas origens e escutando muito AC/DC.
Radar: Qual o disco que você tem, mas que ninguém imagina encontrar na sua prateleira?
Felipe: Falcão, Ermeto Pascoal e uns do Roberto Carlos da época de Jovem Guarda.
Radar: Quais filmes você indica pra gente ver?
Felipe: A Cidade de Deus, Estômago, O Cheiro do Ralo, Tropa de Elite, Carandirú, Germinal...puta que pariu, tem um monte!
Radar: Você acredita em Deus?
Felipe: Pelo lado religioso não, mas pelo lado espiritual sim. Acredito em Deus, mas não acredito em Igreja.
Radar: Na sua opinião, qual a melhor e a pior banda do pop-rock nacional dos anos 80?
Felipe: A melhor é o IRA! e a pior é com certeza, os Engenheiros do Hawaii.
Radar: Pra você, qual a maior banda de todos os tempos?
Felipe: Black Sabbath, sem dúvida.
Radar: O que te deixa mais puto?
Felipe: A galera ir pro show e ficar do lado de fora bebendo e gastando o que poderia ser a grana do ingresso para apreciar o evento. Na verdade as pessoas gastam bem mais do lado de fora do que dentro.
Radar: Alguma vez você esqueceu seu guarda-chuva em casa e foi surpreendido por um "Pé d'água?
Felipe: Sim! Várias vezes. Principalmente nessas épocas que não tem nem sinal de chuva, aí derrepente cai um temporal! Isso também me deixa muito puto!
Reportagem: Bruno Brasmith.
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