sexta-feira, 29 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
CEILÂNDIA E O ROCK - Parte I - da origem e periferização da identidade
O Distrito Federal tem como característica peculiar manter o Plano Piloto como centro do poder e as cidades-satélites (um eufemismo moderno para periferias) orbitando em sua volta .
Impulsionados pela expectativa de desenvolvimento, pela procura de
oportunidades e pela esperança de melhora de vida, milhares de brasileiros de
todos os cantos migram para o DF desde antes de sua inauguração e são
distribuídos geograficamente segundo o nível socio-econômico. Um fluxo
constante e perpétuo que tem como algumas de suas consequências o aumento da
exclusão cultural resultado do baixo ou nenhum investimento em políticas
culturais, movimentos artísticos e opções de lazer. A arte fortalece a
capacidade cognitiva do indivíduo facilitando a assimilação do conhecimento na escola,
criando um espírito crítico e o inserindo em um contexto de interação social
que resulta em desenvolvimento socio-cultural. Infelizmente, a educação é um
capital humano pouco valorizado.
Essa situação periférica e dependente condenou as satélites a ter uma
vocação de cidades dormitórios. Porém, o crescimento populacional também traz
diversidade cultural que necessita de alternativas de expressão, pois possui
demanda artística e público carente, que acaba se tornando mais vulnerável às
armadilhas da comunicação de massa.
A "capital do rock" é só um título, um rótulo, uma marca, um produto ou um personagem que ficou nos anos 80, um mito
que alimenta a indústria da mídia e o imaginário popular a pré-fabricada
rebeldia de plástico, enlatada e embrulhada para presente, a falsa idéia de
contestação e revolta que encobre o conservadorismo e a caretice representada
pelo gênero denominado pop/rock brasiliense ou rock candango que sofre do mal
nostálgico de reviver os tempos áureos do rock do plano piloto nos anos 80.
Com a velocidade na troca de informações atualmente, muitas bandas conseguem tocar em outros estados e gozam do
status de ser uma “banda de Brasília” e são tratados como estrelas do rock . As bandas e o público esperam ser o novo Legião, o novo Capital, o novo Paralamas e
os meios de comunicação, mesmo aqueles direcionados ao mercado independente
estão nas mãos de poucas pessoas que escolhem quem deve estar ou não em
evidência no rock de Brasília.
O rock de Ceilândia reivindica uma identidade
cultural que é construída com perspectivas a longo prazo, mas que depende do
esforço diário de cada membro da sociedade para preservar os valores herdados
dos pioneiros e dialogar com novos valores apresentados pela atualidade, seus
conflitos e suas sínteses.
ROBSON GOMES
é vocalista da Banda BARBARELLA, guitarrista da banda DÍNAMO Z e profº de filosofia
quarta-feira, 13 de abril de 2011
A VERDADEIRA VOZ DO BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!
A verdadeira Voz do Brasil
Vocalista da banda DÍNAMO Z, jornalista,
radialista e integrante da ASSOCIAÇÃO CULTURAL MÓDULO B
O rádio talvez seja o veículo de comunicação mais fascinante de todos
os tempos. Historicamente, isso é fato, até mesmo após a invenção da
televisão. As características singulares dessa "caixinha que emite som"
mexe com a imaginação de cada pessoa. O fácil acesso e locomoção do
aparelho, principalmente com a modernidade que nos assiste, deixa o
cidadão mais perto da informação e do entretenimento musical. Facilitar
o contato do povo com a mídia e as notícias, é um papel importantíssimo
do rádio. Mas que tal abordar os fatos sociais do seu bairro? Essa pode
ser a melhor forma de colocar o ouvinte diante da sua realidade e de
sua consciência de cidadão.
A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), surgiu em 1996 com o objetivo de unificar a luta das rádios comunitárias na defesa pela liberdade de expressão. Vitimas da opressão do Estado e das grandes empresas de comunicação, estes veículos estão sempre sendo violentados de forma inexplícável. Talvez a única explicação seria o interesse em calar a voz da sociedade.Veicular a realidade social na cidade ou no campo, ouvir os anseios da comunidade, ter acesso a sugestão de idéias que podem ser importantes para a segurança e o desenvolvimento, é uma necessidade nesta nova geração. De acordo com a ABRAÇO, os meios de comunicação de massa querem aniquilar a capacidade crítica do povo brasileiro. Ou seja, todo esse esforço para acabar com as rádios comunitárias, vem de um jogo de interesses das grandes emissoras que tem parte de seus orçamentos financiado pelo governo. Sendo assim, imagina-se que os tradicionais veículos de comunicação jamais contrariarão o Estado. Será que essa imprensa é mesmo livre?
Sabendo a força que pode ter uma comunidade em verdadeira liberdade de expressão, as fiscalizações são cada vez mais constantes e violentas. O diretor de uma rádio comunitária do Distrito Federal, Divino Cândido, já teve seu equipamento apreendido três vezes, mas o apoio da população fez com que ele não desistisse. Divino afirma que a rádio comunitária é voz da comunidade, fazendo com que as solicitações da população chegue ás autoridades. Mas a mordaça do sistema quer calar quem mais precisa de voz. "A polícia civil e militar chegaram armados e nos tratando como bandidos", diz o diretor.No Brasil existem mais de 16000 rádios comunitárias que tentam sua regularização, e segundo a ANATEL, só neste ano 2000 foram impedidas de funcionar. Os representantes comunitários afirmam que os parlamentares que sancionam as leis, são os mesmos donos de grandes emissoras agindo em benefício próprio e fazendo de tudo para acabar com as rádios comunitárias. É preciso de fato ouvir "A Voz do Brasil". O jornal que vai ao ar de segunda a sexta ás 19h:00 pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pode ser a única alternativa de alcançar comunidades no interior e no campo pelo meio radiofônico. Por essa razão, o noticiário obrigatório deve ser preservado como importante papel do Estado na comunicação. Mas é preciso mais do que noticiar sobre o Executivo, Legislativo e judiciário. É necessário que o contribuinte usufrua de seus impostos com participação ativa nas transformações sociais. Os movimentos comunitários, assim como as rádios, são as melhores formas de se consolidar uma consciência social e cultural. A verdadeira Voz do Brasil se ouve do povo, e não de quem lhes governa.
A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), surgiu em 1996 com o objetivo de unificar a luta das rádios comunitárias na defesa pela liberdade de expressão. Vitimas da opressão do Estado e das grandes empresas de comunicação, estes veículos estão sempre sendo violentados de forma inexplícável. Talvez a única explicação seria o interesse em calar a voz da sociedade.Veicular a realidade social na cidade ou no campo, ouvir os anseios da comunidade, ter acesso a sugestão de idéias que podem ser importantes para a segurança e o desenvolvimento, é uma necessidade nesta nova geração. De acordo com a ABRAÇO, os meios de comunicação de massa querem aniquilar a capacidade crítica do povo brasileiro. Ou seja, todo esse esforço para acabar com as rádios comunitárias, vem de um jogo de interesses das grandes emissoras que tem parte de seus orçamentos financiado pelo governo. Sendo assim, imagina-se que os tradicionais veículos de comunicação jamais contrariarão o Estado. Será que essa imprensa é mesmo livre?
Sabendo a força que pode ter uma comunidade em verdadeira liberdade de expressão, as fiscalizações são cada vez mais constantes e violentas. O diretor de uma rádio comunitária do Distrito Federal, Divino Cândido, já teve seu equipamento apreendido três vezes, mas o apoio da população fez com que ele não desistisse. Divino afirma que a rádio comunitária é voz da comunidade, fazendo com que as solicitações da população chegue ás autoridades. Mas a mordaça do sistema quer calar quem mais precisa de voz. "A polícia civil e militar chegaram armados e nos tratando como bandidos", diz o diretor.No Brasil existem mais de 16000 rádios comunitárias que tentam sua regularização, e segundo a ANATEL, só neste ano 2000 foram impedidas de funcionar. Os representantes comunitários afirmam que os parlamentares que sancionam as leis, são os mesmos donos de grandes emissoras agindo em benefício próprio e fazendo de tudo para acabar com as rádios comunitárias. É preciso de fato ouvir "A Voz do Brasil". O jornal que vai ao ar de segunda a sexta ás 19h:00 pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pode ser a única alternativa de alcançar comunidades no interior e no campo pelo meio radiofônico. Por essa razão, o noticiário obrigatório deve ser preservado como importante papel do Estado na comunicação. Mas é preciso mais do que noticiar sobre o Executivo, Legislativo e judiciário. É necessário que o contribuinte usufrua de seus impostos com participação ativa nas transformações sociais. Os movimentos comunitários, assim como as rádios, são as melhores formas de se consolidar uma consciência social e cultural. A verdadeira Voz do Brasil se ouve do povo, e não de quem lhes governa.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
CINEMA NA PLACA - I SEMINÁRIO DE CINEMA DE CEILÂNDIA
Convidamos a todos para o seminário que irá
ocorrer em CEILÂNDIA. Este seminário tem como intuito a
construção de uma sala de cinema Público que atenda à uma
demanda da cidade cuja população é de quase meio milhão de
habitantes e não possui uma única sala de cinema que possa atender as
reais possibilidade de fruição de uma cinema público.
Absurdo?
Total absurdo.
Estão confirmadas presenças de Sílvio Tendler, Sérgio
Borges(TEIA), Júlia Zakia(cineasta), Maria do Rosário Caetano( pesquisadora de
cinema e jornalista), Thiago Mendonça(cineasta), coletivo Mate com Angu. Após o
debate haverá exibição de filmes em 35 mm, dentre ele o filme O CÉU SOBRE OS
OMBROS, ganhador do último Festival de cinema de Brasília( 2010).
Esperamos tod@s
para um debate amplo que vai além do cinema e toca em questões cruciais para a
nossa existência enquanto produtores culturais: Onde exibir, mostrar, dialogar
com os trabalhos que todos nós produzimos?
em anexo todas as informações:
Local: Centro Cultural de Ceilândia.
Endereço: QNN 13 Área Especial, ao lado da estação Ceilândia Norte.
Dia: 25 e 26 de Março de 2011
Horário: das 14:00 às 18:00 hs(debates); 19:00hs até ás 22:00hs Exibição de filmes.
Endereço: QNN 13 Área Especial, ao lado da estação Ceilândia Norte.
Dia: 25 e 26 de Março de 2011
Horário: das 14:00 às 18:00 hs(debates); 19:00hs até ás 22:00hs Exibição de filmes.
COLETIVO DE
CINEMA EM
CEILÂNDIA
APRESENTA CINEMA NA PLACA: UMA EXPERIÊNCIA COLETIVA DE VER CINEMA
Debate-reivindicação-exibição
para a construção de
um cinema público em CEILÂNDIA e
um curso continuado de cinema que
atenda a comunidade local.
Da Produção a exibição, os caminhos
da cadeia cinematográfica. Exibição de filmes em 35 mm e digital, debates, proposições e diálogos que objetivem a sala de cinema.
LOCAL: CENTRO CULTURAL DE CEILÂNDIA, ao lado da ESTAÇÃO DO METRÔ(ESTAÇÃO CEILÂNDIA NORTE, PENÚLTIMA ESTAÇÃO DE CEILÂNDIA)
Presenças confirmadas:
Breitner Luiz Tavares
( pesquisador)
CEICINE
( COLETIVO DE CINEMA
EM CEILÂNDIA)
Igor Barradas
( cineasta)
Josiane Osório
(coordenadora do
festival de filmes curtíssimos de festivais)
Julia Zakia
( cineasta)
Maria do Rosário Caetano
(jornalista e
pesquisadora de cinema)
Sérgio Borges
(cineasta)
Sílvio Tendler
(cineasta)
Thiago Mendonçar
(jornalista e
cineasta)
Robson Gomes
(profº de filosofia/NDEIC/DREC)
FILMES. Robson Gomes
(profº de filosofia/NDEIC/DREC)
DIAS DE GREVE
– CEICINE – 24
minutos 35mm
ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU
O MUNDO GLOBALIZADO VISTO DO LADO DE CÁ
– SILVIO TENDLER –
89 Minutos 35mm
MINAMI EM CLOSE UP
– THIAGO MENDONÇA –
18 minutos 35mm
O CÉU SOBRE OS OMBROS
– SÉRGIO BORGES – 72
minutos – 35mm
QUEIMADO-
IGOR BARRADAS- 19
MINUTOS, Vídeo.
RAP O CANTO DA CEILÂNDIA
– ADIRLEY QUEIRÓS –
15minutos 35mm
TARABATARA
– JULIA ZAKIA – 23
minutos 35mm
Seminários Dia 25/03, sexta-feira
Mesa 01. HORÁRIO 14:30 hs.
Experiência coletiva do cinema: uma necessidade de salas públicas.
Mediador
- Thiago Mendonça
Debatedores
- Adirley Queiróz / Julia Zaka / Maria do
Rosário Caetano/Hamilton Pereira(Secretario de Cultura do Distrito
Federal)/Nina Velez.
Mesa 02. Horário 16:30hs. Políticas Públicas para distribuição de cinema: Como fazer chegar ao público a grande variedade e quantidade de filmes produzido no Brasil.
Mediadora
- Maria do Rosário
Caetano
Debatedores
: Silvio Tendler /
Sergio Borges / Thiago Mendonça/ e representante do SAV .
Dia 26/03, sábado Mesa 03. HORÁRIO 14:30 hs
Cinema e educação - por uma escola de cinema na Ceilândia
Mediadora - Maria do Rosário Caetano
Debatedores: Breitner Tavares, Igor Barradas, representante da UnB, Robson Gomes
Mesa 04. HORÁRIO 16:30 hs
Cinema e Produção: Dos coletivos de cinema à busca de novas linguagens que possibilitem outra perspectiva de produção/representação.
Mediador: Thiago Aragão.
Debatedores: Julia Zakia / Igor Barradas / Ceicine / Josiane Osório.
Objetivos de debates da mesa 01 e mesa 02:
Nestas mesas, proporemos reflexões sobre a ausência de uma sala de cinema em CEILÂNDIA, o absurdo de uma cidade com quase meio milhão de habitantes estar alijada da possibilidade de ver, discutir e refletir o cinema de forma coletiva e ampla.
Aproveitando a convergência deste tema com a atual discussão nacional no audiovisual cuja preocupação é como distribuir a grande quantidade e variedade dos filmes nacionais produzidos, proporemos também a ampliação do debate para a importância da implantação de novas salas de
cinema pelo Brasil afora que possa atender a esta demanda de exibição dos filmes nacionais.
Pensamos em uma sala de cinema em CEILÂNDIA que dialogue com uma necessidade brasileira no audiovisual e não como um fato isolado e único.
Como exibir essa grande quantidade de filmes produzidos no Brasil? Afinal, as possibilidades de exibição no formato "cinema tradicional" são, infelizmente, cada vez mais restritas as salas de shoppings, que são poucas e que atendem basicamente a um tipo de mercado específico do cinema.
Propomos uma discussão que passe pelos caminhos da
realização cinematográfica: Produção, distribuição e, principalmente, exibição.
Objetivos de debates da mesa 04 e mesa 03: Aqui estaremos discutindo as
possibilidades reais de criação de um curso continuado de
cinema na cidade. Um curso que
atenda à comunidade, que reflita nossas experiências individuais e coletivas e
que possa se materializar em outra possibilidade de produção e interferência em
toda a cadeia produtiva do cinema. Aproveitando deste momento de
encontro e de trocas de experiência de alguns coletivos, novos realizadores de
festivais e de cineastas que estão lançando seus primeiros filmes em longas
metragens, essas discussões
pretendem abrir um leque de possibilidades para a formatação dessa escola em
CEILÂNDIA.
HORÁRIO DE EXIBIÇÃO DOS FILMES. 25/03, SEXTA-FEIRA A PARTIR DAS 20:00 HORAS.
DIAS DE GREVE
– CEICINE – 24
minutos 35mm
MINAMI EM CLOSE UP
– THIAGO MENDONÇA –
18 minutos 35mm
O CÉU SOBRE OS OMBROS
– SÉRGIO BORGES – 72
minutos – 35mm
26/03, SÁBADO A PARTIR DAS 19:00 HORAS. QUEIMADO-
Igor Barrada- 19
minutos- Vídeo.
RAP O CANTO DA CEILÂNDIA
– ADIRLEY QUEIRÓS –
15minutos 35mm
TARABATARA
– JULIA ZAKIA – 23
minutos 35mm
ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU
O MUNDO GLOBALIZADO VISTO DO LADO DE CÁ
– SILVIO TENDLER –
89 Minutos 35mm
FOTOS:
Ed Braga
ator e cineasta de Ceilândia
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